O próximo reitor da Universidade do Algarve vai ser eleito amanhã, dia 17 de Novembro. Como candidatos, avançam Helena Pereira, João Guerreiro e Rodrigo Magalhães, todos eles com vasta experiência no mundo académico.
Helena Pereira
João Guerreiro
O actual reitor e recandidato ao cargo João Guerreiro acredita que o futuro da UAlg passa pelo alargamento do campo de recrutamento de alunos «para outras regiões da Europa», uma vez que a população existente na região não é suficiente para almejar a ter uma dimensão internacional.
«Estamos inseridos numa região muito pequena, com apenas 400 mil habitantes, o que é pouco para afirmar uma universidade com prestígio internacional. Temos de alargar rapidamente os nossos horizontes, de forma a captar estudantes nas áreas em que somos bons. Este salto para fora da região, que não deixará de ser o nosso laboratório de trabalho, é fundamental para a afirmação da UAlg», acredita.
João Guerreiro frisa que a ideia não é apenas potenciar a vinda de estudantes ao abrigo de programas de intercâmbio, mas também captar pessoas de fora da região que venham tirar os seus cursos de diferentes ciclos na UAlg.
A internacionalização é de resto um objectivo central. «Há que criar novos programas de doutoramento associados à investigação científica e internacionalizar as pós-graduações, os mestrados e os doutoramentos. Isto não pode ser feito de forma autónoma em relação aos que são os principais núcleos de investigação da universidade. Vamos valorizar as ciências do mar, a biomedicina e medicina, o turismo, as energias, as telecomunicações, a literatura e a história», garantiu.
«Esta internacionalização é uma linha de desenvolvimento fundamental para a UAlg para criar dimensão, escala e, no fundo, espessura naquilo que é a nossa investigação. Mas também é uma fonte de financiamento», acrescentou.
«Temos estado nos últimos três anos voltados para a estrutura interna, algo que terá de continuar. Precisamos do senado académico, do Conselho Económico e Social e de uma coisa fundamental que é a nova orgânica dos serviços», avisou.
Um processo que decorre da nova lei, mas do qual João Guerreiro não quer ficar refém. «Quero fechar rapidamente esse capítulo», para poder apontar baterias «para o exterior», disse.

Saudações Académicas.
Fonte: B.O.
Helena Pereira Esteve ligada à UAlg no período em que se estava a lançar o sistema universitário e a consolidar a oferta no politécnico.
Helena Pereira, que caso seja eleita se tornará a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora da UAlg, acredita que a aposta na investigação de topo é o caminho para que a universidade algarvia se afirme a nível nacional e internacional.
«Acredito que, nos próximos três, quatro anos, o ensino superior português vai entrar numa fase de qualificação. As instituições ou ficam no pelotão da frente, criando investigação, conhecimento e sendo reconhecidas em termos de formação nacional e internacionalmente, ou ficam num patamar mais rotineiro, onde não podem aspirar a ser parceiros activos de criação de conhecimento e inovação», considerou Helena Pereira.
«O desafio para as universidades portuguesas e de toda a Europa é entrar nesse grupo. A UAlg tem condições para entrar nele. Claro que não é fácil. É preciso o envolvimento de toda a academia», acredita.
A universidade dá um contributo «para a matriz cultural» do Algarve, bem como para a qualificação dos recursos, mas o contributo à economia da região também deve ser potenciado.
«A investigação deve ser valorizada e depois devemos passar para a inovação e empreendedorismo. O turismo, a área do mar e as ciências da saúde, até em ligação com as outras duas, são áreas em que as potencialidades são muito grandes», considerou.
«Caso seja eleita, há coisas que têm de ser agarradas desde já. Na parte de ensino, teremos obrigatoriamente de entrar num processo de acreditação de cursos e criar um sistema interno de garantia de qualidade, dois aspectos cruciais e urgentes», ilustrou.
«Há outra prioridade, a do financiamento. O equilíbrio financeiro é algo imprescindível e terá de ser atacado desde logo. Tudo o que tenha a ver com racionalização de recursos, angariação de fundos externos são questões absolutamente prioritárias», avisou a candidata, que também apostará em «sistemas eficazes de funcionamento administrativo».
Helena Pereira, que caso seja eleita se tornará a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora da UAlg, acredita que a aposta na investigação de topo é o caminho para que a universidade algarvia se afirme a nível nacional e internacional.
«Acredito que, nos próximos três, quatro anos, o ensino superior português vai entrar numa fase de qualificação. As instituições ou ficam no pelotão da frente, criando investigação, conhecimento e sendo reconhecidas em termos de formação nacional e internacionalmente, ou ficam num patamar mais rotineiro, onde não podem aspirar a ser parceiros activos de criação de conhecimento e inovação», considerou Helena Pereira.
«O desafio para as universidades portuguesas e de toda a Europa é entrar nesse grupo. A UAlg tem condições para entrar nele. Claro que não é fácil. É preciso o envolvimento de toda a academia», acredita.
A universidade dá um contributo «para a matriz cultural» do Algarve, bem como para a qualificação dos recursos, mas o contributo à economia da região também deve ser potenciado.
«A investigação deve ser valorizada e depois devemos passar para a inovação e empreendedorismo. O turismo, a área do mar e as ciências da saúde, até em ligação com as outras duas, são áreas em que as potencialidades são muito grandes», considerou.
«Caso seja eleita, há coisas que têm de ser agarradas desde já. Na parte de ensino, teremos obrigatoriamente de entrar num processo de acreditação de cursos e criar um sistema interno de garantia de qualidade, dois aspectos cruciais e urgentes», ilustrou.
«Há outra prioridade, a do financiamento. O equilíbrio financeiro é algo imprescindível e terá de ser atacado desde logo. Tudo o que tenha a ver com racionalização de recursos, angariação de fundos externos são questões absolutamente prioritárias», avisou a candidata, que também apostará em «sistemas eficazes de funcionamento administrativo».
João GuerreiroO actual reitor e recandidato ao cargo João Guerreiro acredita que o futuro da UAlg passa pelo alargamento do campo de recrutamento de alunos «para outras regiões da Europa», uma vez que a população existente na região não é suficiente para almejar a ter uma dimensão internacional.
«Estamos inseridos numa região muito pequena, com apenas 400 mil habitantes, o que é pouco para afirmar uma universidade com prestígio internacional. Temos de alargar rapidamente os nossos horizontes, de forma a captar estudantes nas áreas em que somos bons. Este salto para fora da região, que não deixará de ser o nosso laboratório de trabalho, é fundamental para a afirmação da UAlg», acredita.
João Guerreiro frisa que a ideia não é apenas potenciar a vinda de estudantes ao abrigo de programas de intercâmbio, mas também captar pessoas de fora da região que venham tirar os seus cursos de diferentes ciclos na UAlg.
A internacionalização é de resto um objectivo central. «Há que criar novos programas de doutoramento associados à investigação científica e internacionalizar as pós-graduações, os mestrados e os doutoramentos. Isto não pode ser feito de forma autónoma em relação aos que são os principais núcleos de investigação da universidade. Vamos valorizar as ciências do mar, a biomedicina e medicina, o turismo, as energias, as telecomunicações, a literatura e a história», garantiu.
«Esta internacionalização é uma linha de desenvolvimento fundamental para a UAlg para criar dimensão, escala e, no fundo, espessura naquilo que é a nossa investigação. Mas também é uma fonte de financiamento», acrescentou.
«Temos estado nos últimos três anos voltados para a estrutura interna, algo que terá de continuar. Precisamos do senado académico, do Conselho Económico e Social e de uma coisa fundamental que é a nova orgânica dos serviços», avisou.
Um processo que decorre da nova lei, mas do qual João Guerreiro não quer ficar refém. «Quero fechar rapidamente esse capítulo», para poder apontar baterias «para o exterior», disse.

Rodrigo Magalhães
Actualmente a viver e a trabalhar no Kuwait, Rodrigo Magalhães assume a sua candidatura como «de mudança», garantindo que tem uma «visão clara para a UAlg».
A estratégia proposta pelo professor de gestão, que pode ser «resumida pela sigla IFI, é composta de três grandes objectivos estratégicos: Integrar, Focar e Internacionalizar».
Para o candidato a reitor, «integrar significa criar sinergias, sempre e onde for possível». «Significa integrar cursos e áreas, criar multidisciplinaridade, trazer a universidade para junto das autarquias e do mundo empresarial e, em última análise, criar uma oferta de ensino, de investigação e de serviços que se possa diferenciar a UAlg», ilustrou.
Este objectivo deverá ser implantado, «de forma muito dirigida ou focada». É aqui que entra a vertente focar, que vai no sentido, «sobretudo, tratar da nossa casa».
«Temos de saber, com muita clareza, para onde queremos ir, como queremos ir e de quanto dispomos para o fazer», acredita Rodrigo Magalhães. Para isso, há que ter a consciência «de que temos recursos limitados» e «há que escolher, criteriosamente, para depois avançar».
Para o candidato, a aplicação destas duas ideias permitem «criar as condições necessárias e suficientes para a UAlg se tornar competitiva, dentro e fora de Portugal», o que abre caminho para a internacionalização, a outra componente da estratégia que propõe.
Com o alargar de horizontes para o exterior, a universidade algarvia conseguirá «ganhar sustentabilidade para o futuro», ao mesmo tempo que se liberta «das limitações impostas pela sua situação geográfica» e dela tira partido.
«Internacionalizar significa conseguir atrair alunos, professores e investigadores portugueses e estrangeiros», ilustrou, num esforço de atracção que vai «muito para além dos países de expressão oficial portuguesa».
Rodrigo Magalhães garantiu ainda que outras das suas preocupações serão «os alunos, sem os quais as universidades não fazem sentido», e os funcionários que promete ouvir, já que «mudar só é possível se as pessoas mudarem também».
Actualmente a viver e a trabalhar no Kuwait, Rodrigo Magalhães assume a sua candidatura como «de mudança», garantindo que tem uma «visão clara para a UAlg».
A estratégia proposta pelo professor de gestão, que pode ser «resumida pela sigla IFI, é composta de três grandes objectivos estratégicos: Integrar, Focar e Internacionalizar».
Para o candidato a reitor, «integrar significa criar sinergias, sempre e onde for possível». «Significa integrar cursos e áreas, criar multidisciplinaridade, trazer a universidade para junto das autarquias e do mundo empresarial e, em última análise, criar uma oferta de ensino, de investigação e de serviços que se possa diferenciar a UAlg», ilustrou.
Este objectivo deverá ser implantado, «de forma muito dirigida ou focada». É aqui que entra a vertente focar, que vai no sentido, «sobretudo, tratar da nossa casa».
«Temos de saber, com muita clareza, para onde queremos ir, como queremos ir e de quanto dispomos para o fazer», acredita Rodrigo Magalhães. Para isso, há que ter a consciência «de que temos recursos limitados» e «há que escolher, criteriosamente, para depois avançar».
Para o candidato, a aplicação destas duas ideias permitem «criar as condições necessárias e suficientes para a UAlg se tornar competitiva, dentro e fora de Portugal», o que abre caminho para a internacionalização, a outra componente da estratégia que propõe.
Com o alargar de horizontes para o exterior, a universidade algarvia conseguirá «ganhar sustentabilidade para o futuro», ao mesmo tempo que se liberta «das limitações impostas pela sua situação geográfica» e dela tira partido.
«Internacionalizar significa conseguir atrair alunos, professores e investigadores portugueses e estrangeiros», ilustrou, num esforço de atracção que vai «muito para além dos países de expressão oficial portuguesa».
Rodrigo Magalhães garantiu ainda que outras das suas preocupações serão «os alunos, sem os quais as universidades não fazem sentido», e os funcionários que promete ouvir, já que «mudar só é possível se as pessoas mudarem também».
Saudações Académicas.
Fonte: B.O.
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