quarta-feira, junho 24, 2009

Lídia Jorge, o prodígio de uma escrita sem limites



“A arte de contar de Lídia Jorge assenta no prodígio de uma escrita sem limites, que não se confina a nenhuma das categorias literárias canonizadas pelo saber académico tradicional.” Quem o diz é o próximo conferencista do ciclo Viajantes, Escritores e Poetas – Retratos do Algarve, o docente e investigador da UAlg Artur Gonçalves, membro do Centro de Estudos Linguísticos e Literários (CELL), que no próximo dia 26 de Junho, às 21h30, vai estar no Pátio de Letras, em Faro, para analisar a escrita sem limites de Lídia Jorge.

Nascida em Boliqueime, no Algarve, em 1946, Lídia Jorge estreou-se como escritora no romance, revelou-se no conto, exercitou-se no teatro e envolveu-se na história infantil. Também experimentou a poesia e consagrou-se na prosa, tendo emprestado a voz às palavras escritas, declamadas e cantadas. “Em todas as vertentes, não só conquistou a simpatia dos leitores, como esgotou edições nos mais diversos idiomas e obteve os mais elevados prémios e condecorações, dentro e fora do país que a viu nascer”, sublinha o Prof. Artur Gonçalves, quem vai assegurar a próxima conferência do ciclo Viajantes, Escritores e Poetas – Retratos do Algarve, dedicada à escritora Lídia Jorge, que terá lugar no dia 26 de Junho, a partir das 21h30, no Pátio de Letras, em Faro.

Nesta conferência serão destacadas as principais linhas de força desenvolvidas por Lídia Jorge na totalidade da sua obra romanesca, nomeadamente, salienta Artur Gonçalves, “os espaços rurais, urbanos e africanos, os reais e os imaginários; as vozes colectivas e as individuais; as visões masculina e feminina da vida, do amor e da morte; os tempos de espera, imitação e mudança de alguns, de memórias, silêncios e ausências de outros, da resistência, inocência e denúncia de uns quantos mais”.

Na verdade, adianta o docente da UAlg, “a dimensão universal de Lídia Jorge não cabe nas fronteiras acanhadas de uma região de um país ou de um continente. O retrato que dela fizermos terá de ter como pano de fundo obrigatório o próprio mundo, muito embora se possa situar, momentaneamente, na parte mais meridional de um país acariciado pelo sol e banhado pelo mar”.


Saudações Académicas.


Fonte: Ualg

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